08/10/2008

Por que o risco-país mexe na economia?

por Natasha Fernandes de Andrade
O risco-país serve como orientador aos investidores. Ele indica os riscos de se fazer negócio em uma determinada economia. Quanto maior for o risco, menor será a chance do país de atrair investimentos estrangeiros. Trata-se de um indicador do grau de instabilidade econômica, ou seja, mede o risco para os investidores estrangeiros. Isso faz com que a avaliação se torne decisiva aos países emergentes.
Segundo o economista Paulo Adani, professor da faculdade de economia da Puc-Campinas, o risco-país se refere à capacidade de pagamento da dívida externa. Esse índice é calculado por bancos de investimentos e agências de classificação. A taxa é medida através da avaliação de aspectos como o nível do déficit fiscal, as turbulências políticas, o crescimento da economia e a relação entre arrecadação e dívida de um país.
O banco de investimentos JP Morgan possui um dos índices mais utilizados pelo mercado. Por sua avaliação, o risco está condicionado ao juro médio pago a mais em relação aos títulos do tesouro emitidos pelos Estados Unidos. “No Brasil, hoje o risco está em 230, o que equivale a 2,3% ao ano acima da taxa de juros dos Estados Unidos”, diz. “Em 2002, 2003 quando Lula assumiu o país, a taxa estava em 2.700 pontos, ou 27% ao ano.”
O economista também explicou que existem as notas de risco, ou “ratings”, que são sinalizados por agências e bancos sobre a capacidade de crédito de um país. Com isso, os investidores têm fácil acesso aos números e uma espécie de termômetro do risco de se investir em cada país.

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